Fotografia é minha vida!

"Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual. Fotografar é um modo de comunicar e informar. Seguindo o raciocínio, a linguagem visual fotográfica além de ser mais forte não é determinada por uma língua padrão, não precisando assim de uma tradução, uma vez que o diferem são as interpretações." (desconheço o autor)"

quinta-feira, 3 de março de 2011

A maior câmara fotográfica do mundo: A Câmara Mamute



No início do séc. XX, época áurea dos caminhos-de-ferro, a fotografia dá os primeiros passos. De uma ligação improvável, sob o mote “A maior fotografia no mundo, do mais belo comboio no mundo”, eis que nasce a Câmara Mamute, com o intuito singular de fotografar em grande plano o comboio estrela da Chigago & amp; Alton Railway: The Alton Limited. O seu autor, George Raymond Lawrence, (1868-1938) é, provavelmente, um nome pouco familiar para a maioria das pessoas, mas decerto muito importante na História da Fotografia.

Nascido em 24 de Fevereiro de 1968 nos Estados Unidos, em Ottawa, Illinois, mudou-se para Chicago para encontrar a fotografia. De entre muitas as suas conquistas estão o aperfeiçoamento do uso do flash, a invenção de balões e papagaios para fotografia aérea e grandes avanços na fotografia panorâmica, culminando na criação da maior câmara do mundo: The Mammoth Camera, ou Câmara Mamute.
Por volta de 1900, a rede de caminhos-de-ferro americana desenvolvia-se a um ritmo acelerado e a concorrência fazia-se já sentir, como tal, a companhia ferroviária Chicago & Alton Railway incumbiu Lawrence de fazer as maiores fotografias alguma vez feitas da sua estrela, o novo e luxuoso comboio de passageiros, The Alton Limited.
Construída pelo renomado J. A. Anderson, a Mammoth Camera fez jus ao seu nome em vários aspectos, custando cerca de $5.000 (o suficiente para comprar uma casa substancial no início do Séc.XX), pesando uns impressionantes 640 kg, media mais de quatro metros de comprimento, usava negativos de 1.35m x 2.40m, era transportada num vagão especial e eram necessários 15 homens para a mover e operar. A câmara era grande o suficiente para que a sua limpeza pudesse ser feita por um funcionário no interior da mesma. Tendo sido construída apenas uma placa de negativo, o inventivo fotógrafo teve apenas uma única oportunidade para fotografar. Foi bem sucedido.


A revelação da cópia medindo 1.35 x 2.40m necessitava, além de papel especialmente feito para o efeito, 45 litros de soluções químicas. Três imensas cópias foram expostas com grande êxito na Exposição Universal de Paris de 1900, onde, por aquela única fotografia, Lawrence recebeu o Grande Prémio Mundial para a Excelência Fotográfica. Um dado curioso é que, nessa mesma exposição que coroou o trabalho do fotógrafo, os juízes chegaram as pensar que a fotografia seria falsa, uma vez que lhes era inconcebível uma câmara de tais dimensões capaz de produzir tal fotografia. Tudo foi esclarecido quando o próprio Cônsul francês em Nova Iorque se deslocou a Chicago e verificou a existência e funcionalidade da colossal máquina. Indo ao encontro do objectivo inicial, a fotografia foi também reproduzida nos folhetos publicitários da companhia ferroviária, que anunciavam: “The largest photograph in the World of the handsomest train in the World.” (A maior fotografia do mundo, do mais belo comboio do mundo.)

 
 
 
fonte:http://omundodafoto.blogspot.com

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