Fotografia é minha vida!

"Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual. Fotografar é um modo de comunicar e informar. Seguindo o raciocínio, a linguagem visual fotográfica além de ser mais forte não é determinada por uma língua padrão, não precisando assim de uma tradução, uma vez que o diferem são as interpretações." (desconheço o autor)"

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Projeto FotoLibras de Fotografia Participativa com Surdos



O FotoLibras é um projeto de Fotografia Participativa com Surdos, inédito no Brasil, que tem por objetivo aumentar a criatividade, a auto-estima e a visibilidade de surdos através da fotografia. O primeiro curso do projeto aconteceu de fevereiro a agosto de 2007 e capacitou 25 jovens surdos na área de fotografia participativa.
Atualmente, dois desses alunos são coordenadores do projeto e dois são monitores dos cursos realizados em 2009. Todos eles estão participando ativamente do planejamento e da execução dos novos cursos do FotoLibras.
No curso, os alunos passam por uma experiência lúdica para despertar o olhar. Além das aulas regulares, são realizadas saídas fotográficas para pôr em prática a teoria aprendida em sala de aula. Também são elaborados ensaios fotográficos relacionados aos temas abordados durante o curso e a outras áreas de interesse. Para aumentar a visibilidade da comunidade e da cultura surda, são organizadas exposições das fotos produzidas.
Desde agosto de 2008, a equipe do FotoLibras vem desenvolvendo o “Guia FotoLibras” sobre como elaborar e executar projetos de fotografia participativa com surdos.
O Guia sistematiza a experiência do primeiro curso e subseqüentes trabalhos com os multiplicadores do projeto. A elaboração do Guia envolveu várias atividades, como oficinas, pesquisas, contatos com outras instituições, elaboração de um ensaio fotográfico, elaboração de textos e edição de um glossário de termos fotográficos em Libras.
Todas essas atividades contaram com a participação de dois multiplicadores surdos, Tatiana Martins e André Luiz, que se tornaram coordenadores do projeto.
O objetivo do Guia é socializar a experiência do FotoLibras e estimular o surgimento de novas iniciativas de fotografia direcionadas a surdos, a fim de promover a cultura surda, a inclusão e aumentar a expressão e auto-estima de jovens surdos.
Clique nas imagens abaixo para acessar o Guia FotoLibrasem formato de livro virtual.
O Guia está divido em quatro partes:
1. Apresentação e Introdução
2. Elaborando um projeto
3. Implementado um projeto
4. Glossário
Por que “FotoLibras”?
O meio de comunicação dos jovens surdos que fazem parte do projeto é a Libras, uma língua pouco conhecida no Brasil. Numa  tentativa de promover a cultura e o olhar de pessoas surdas e dar uma oportunidade para elas se comunicarem através da fotografia, surgiu o nome FotoLibras.
Filosofia do projeto FotoLibras 
O conceito de “fotografia participativa”, adotado pelo FotoLibras, busca utilizar a linguagem fotográfica como uma ferramenta para promover a “voz” de pessoas e grupos, capacitando-os com habilidades para documentar e divulgar suas próprias idéias e percepções sobre o mundo. 
“Voz” é uma metáfora para descrever o poder que uma pessoa tem para comunicar suas idéias, para dialogar e participar em decisões políticas, sociais e culturais que afetam sua vida. Em projetos de fotografia participativa, o ato de fotografar e a leitura e divulgação das fotos produzidas servem como uma maneira das pessoas se colocarem, e dialogarem com o mundo ao seu redor. É também uma importante oportunidade de empoderamento de grupos que tem pouco ou nenhum acesso aos meios de comunicação.  
Além disso, o FotoLibras busca estimular o surgimento de multiplicadores. No início do projeto, não havia nenhum fotografo surdo (ou ouvinte com conhecimento de Libras) em Recife. Assim, o projeto serviu como um estímulo para a formação de uma primeira geração de fotógrafos e foto-educadores surdos que poderiam futuramente implementar o ensino de surdo para surdos na área fotográfica (ou de surdos para grupos mistos de ouvintes e surdos). 
Ao mesmo tempo, através da formação de multiplicadores, desenvolve-se a capacidade organizacional das pessoas a fim de que elas possam se organizar em torno de prioridades e preocupações decididas por elas mesmas. Os participantes analisam e questionam as realidades e refletem sobre estratégias de mudança, desmitificando o conhecimento e criam suas próprias consciências, reflexões.
A Turismo Adaptado é uma empresa de visão, e tem planos de agregar a Fotolibras dentro de uma atividade de lazer ou pacote turístico acessível a surdos. Se quiser, clique no link a seguir para baixar a versão digital do Guia Fotolibras

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