Pinhole - do inglês, buraco de alfinete - é o nome dado à técnica que irá permitir que o fenômeno fotográfico se dê em um ambiente sem a presença de lentes (componente das máquinas fotográficas convencionais). Um furo é o que permite a formação da imagem em um recipiente ou espaço vedados da luz. A projeção de imagens por este método é uma lei física, e já é conhecida pelo homem desde a Antigüidade. Antes do advento da fotografia (séc.XIX), as projeções pinhole eram instrumento científico de visualização de eclipses e no estudo das estrelas; nas artes, as imagens pinhole serviam de molde para os pintores paisagistas. O desenho abaixo, de autoria do astrônomo Gemma Frisus, ilustra a projeção pinhole para observações de fenômenos astronômicos:
Desenho da formação da imagem do eclipse solar de 1544 através do uso da câmara escura por Gemma Frisus,
astrônomo, em De Radio Astronomica et Geometrica (1545).
A princípio, qualquer espaço protegido da luz pode servir como câmara escura: de latas e caixas das mais distintas proporções até espaços menos convencionais, mas com entrada de luz que possa ser controlada, como um refrigerador, um baú, um armário, uma sala, ou um automóvel. Em cada caso existe um tamanho de furo apropriado para que a projeção se dê de forma nítida, pois é por este princípio que a projeção, e por conseqüência a fotografia pinhole, são possíveis. Este furo pode ser determinado através de uma fórmula matemática relacionada às dimensões do recipiente escolhido. O recipiente furado passa então a ser uma câmara escura, com a qual podemos produzir fotografias ao colocar filme ou papel fotográfico no seu interior.
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