Chegou 2010 e continuarei com você mais um ano trazendo dicas e novidades interessantes. Um ano cheio de realizações e muita saúde para você.
O mini curso de fotografia está quase chegado ao fim, e, nesta sessão será tratado o tema Congelando a ação.
Retirado do site da Canção Nova.
“CONGELANDO” A AÇÃO
O mais importante para congelar a ação é usar uma velocidade alta, embora ela dependa do tema e do ângulo em relação a ele. Uma pessoa correndo não requer uma velocidade tão rápida quanto um carro muito veloz. A escolha das lentes também importa. O tema se moverá menos no enquadramento de uma grande-angular do que no de uma teleobjetiva, portanto você deve usar uma velocidade menor.
Congelando o movimento O tempo de exposição
Como focar temas em velocidade pode ser bem complicado, talvez seja bom encontrar uma combinação de velocidade e abertura que congele a ação e permita alguma margem de foco. Se não conseguir a combinação de que precisa por não haver luz suficiente, mude para um filme mais rápido (ou ISO alto). Ou mude de posição, para que o tema se aproxime de você de um ângulo e possa ser congelado com uma velocidade de obturação um pouco mais baixa.
Você pode, contudo, querer pouca profundidade de campo, para que o tema se destaque de um fundo bem suave. Nesse caso, deve-se uma grande abertura. Mesmo com o movimento dinâmico, o primeiro plano da imagem está nítido, graças a alta velocidade utilizada, embora o uso de uma lente longa tenha gerado um plano de fundo um pouco desfocado, deixando o grupo envolvido por uma nuvem de poeira, com menor nitidez.
Foto: James Stanfield.
Movimento e foco
A melhor maneira de ter uma certeza razoável do foco nessa situação é achar um ponto pelo qual o tema passará e fazer os ajustes de antemão. Coloque a câmera em foco e aguarde que o tema entre no enquadramento. Ajuste previamente também a exposição, para que não tenha de esperar o fotômetro responder ao novo elemento que entrou em seu campo.
Congelar a ação com um flash funciona bem em situações sombrias ou escuras, mas lembre-se de que sua câmera tem um sincronismo máximo de velocidade – normalmente entre 1/60 e 1/250 de segundo.
Para conseguir registrar um movimento de beisebol nas bases, é necessário utilizar uma teleobjetiva. Selecione previamente o enquadramento, e aguarde a batida da bola ou o escorregão do jogador. Foto: Jodi Cobb.
APROVEITAR O MOVIMENTO
Você pode usar o movimento para criar fotos dinâmicas, fazendo um panning (ou varredura) com o seu tema ou deixando-o tremido. No primeiro caso, você procura deixar o tema (ou boa parte dele) nítido e o fundo tremido. No segundo, deixa que o movimento do tema crie o efeito “tremido” com a câmera parada. Nesta foto, o movimento parece “energia pura”. O efeito foi obtido fazendo uma varredura ou pannig da corrida do guepardo, que pode atingir velocidades de até 105 km/h.
Foto: Chris Johns.
Panning
A idéia do panning é movimentar a câmera acompanhando o movimento do tema para que a imagem resultante capte um tema nítido contra um fundo sem nitidez. É mais fácil de ser feito em situações de pouca luz. A velocidade de exposição e a velocidade do panning dependem tanto da velocidade usada quanto da distância do assunto.
A velocidade entre 1/4 e 1/30 de segundo é um bom campo para o panning. Primeiro encontre o local, um ponto por onde você sabe que seu tema passará e que tenha o fundo que deseja. Ajuste a velocidade e a abertura para a exposição correta. Enquadre a imagem, focando em algo próximo de onde seu tema estará.
Então, gire apenas o corpo, sem mexer os pés, capte o tema na lente e siga-o, apertando o botão do disparador assim que ele adentrar o local pré-definido. Não pare o movimento quando tiver soltado o disparador – continue acompanhando.
A maneira mais fácil de praticar é ficar parado numa rua e fazer fotos de varredura dos carros que passam. Experimente diferentes velocidades e compare os resultados.
A combinação panning de efeito “tremido” nesta fotografia impressionista feita com esquiadores de fundo parece dizer “movimento”.
Foto: Phil Schermeister.
Fotos tremidas
O próprio movimento é o tema nas fotos tremidas. O objeto que você fotografa torna-se um borrão impressionista que por vezes fica irreconhecível. As fotos tremidas são conseguidas com velocidades baixas - o quanto depende da rapidez com que seu tema está se movendo, mas normalmente 1/8 ou menos.
Dica: você pode sacudir a câmera de propósito e aumentar o efeito “tremido”. Mas, como nunca se sabe exatamente o que vai sair, faça várias fotos.
Um tempo de exposição de vários segundos pode transformar um desfile com tochas em um gigantesco rastro de luz.
Foto: Robert F. e John E.
Fotos tremidas com o flash
Você pode criar fotos dinâmicas combinando o efeito panning com um flash. Nesse caso, estará seguindo o tema e segurando a câmera parada, usando uma velocidade baixa para criar movimento e congelando o tema com um flash. Geralmente isso funciona melhor em situações de pouca luz, com velocidade de 1/15 ou mais baixa, dependendo de quão tremido você deseja.
No caso de estar usando uma câmera automática, talvez tenha de sair do modo automático se não conseguir sincronia com o flash baixo de 1/60. Nesse caso, passe para o modo manual ou de prioridade de velocidade. Você pode praticar o efeito “tremido” com flash em casa – crianças patinando, alguém juntando folhas com um ancinho no fim do dia, qualquer coisa que tenha movimento. Experimente velocidades baixas, de 1 segundo ou até mais longas.
Era quase noite quando estes monges começaram sua apresentação de dança em um festival na região de Mustang, no Nepal. Com uma velocidade mais lenta e utilizando o flash de preenchimento, o fotógrafo conseguiu obter um leve efeito “tremido”, que realçou o movimento e as cores do hábito do monge.
Foto: Robert Caputo. Fonte: adaptado livremente do curso de fotografia National Geografic (Editora Abril)
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